Falar de motivação implica falar de emoções, sentimentos, acção, inteligência emocional e de educação emocional. De forma geral a motivação não é mais do que algo que promove a acção humana para algo, ou seja, é algo intrínseco que proporciona à Pessoa um movimento/atenção/impulso para algo ou agir de forma particular. Afinal, caminhamos na vida por intenções a algo, de alcançar algo, nem que seja um simples objecto que é contemplado.
Esta motivação natural permite-nos dar continuidade ao nosso Devir. É ela a “culpada” pelo nosso crescimento, desenvolvimento e constantes expectativas na vida. É ela que nos faz lutar pelos nossos objectivos diários, a curto, médio e longo prazo, mesmo com algumas derrotas pelo percurso. Sem motivação não aprenderíamos a andar, a escrever, a relacionar com o Outro…
A relação existente entre a motivação e a emoção (considerando aqui toda a sua complexidade temática) é notória! É através da nossa corporalidade que tudo acontece e permite uma relação com o exterior. As emoções são básicas na constituição Pessoal e só é possível constatá-las através do nosso corpo e da nossa actuação. Contudo, a motivação não deixa de ser a conotação valorativa dada a um determinado acontecimento vivenciado ou esperado. De forma esquemática poderá entender-se: a pessoa, na sua base, é composta por emoções, sentimentos (momento pático). Na sua relação com o meio (como sistema aberto que é) vai actuar (momento pragmático) através da sua corporalidade e vai permitir o fluir de emoções e sentimentos para algo. Neste percurso, a sua intencionalidade vai ser conotada (momento cognitivo) pelas suas vivências e aprendizagens passadas seja de positiva ou de negativa. (Há sempre a motivação para algo, nem que seja o fugir de algo que provoca medo).
Assim, induz-se que a motivação:
- Promove a aprendizagem constante
- Dirige o comportamento para um determinado incentivo que produz prazer ou alivia um estado desagradável
De forma geral, e conclusiva, as teorias motivacionais destacam que um indivíduo pode ter, como fonte de suas acções, razões internas (intrínsecos) ou externas (extrínsecos). Os motivos intrínsecos são resultantes da própria vontade do indivíduo, enquanto os extrínsecos dependem de factores externos. Alguns motivos provêm de fontes externas ao indivíduo e à tarefa, incluindo-se aí diversas recompensas sociais e sinais de sucesso. Outras fontes podem ser resultado da estrutura psicológica do indivíduo e de suas necessidades pessoais de sucesso, sociabilidade, reconhecimento e etc.
Autora: Diana Magalhães, Psicopedagoga
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Nota: Este artigo foi escrito com o antigo Acordo Ortográfico
Bibliografia
Branco, A. (2004). Auto-motivação. Quarteto Editora: Coimbra
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