Como até aos dias de hoje não existe nenhum teste de laboratório ou exame complementar de diagnóstico que confirme a Fibromialgia, alguns médicos recusam-se a acreditar que é uma doença física e real. Infelizmente, quando os médicos não conseguem descobrir o que está causando o aparecimento de certos sintomas, numa pessoa, muitas vezes a tendência é atribuir esses sintomas a uma doença do foro psicológico.
Quer os doentes quer os médicos parecem entender melhor as causas de dor quando existe uma inflamação ou algo que justifique a dor sentida em determinado local do corpo. Na Fibromialgia esta situação é muito diferente, pois se tirarmos um pedaço do músculo que está a doer e analisarmos no microscópio não encontramos nada – porque o problema está somente na perceção da dor.
A dor da fibromialgia é real. Diversos estudos sobre a Fibromialgia mostram que os doentes com fibromialgia estão sentindo dor e além disso, que sentem mais dor do que pessoas sem Fibromialgia, quando comparadas as imagens obtidas do cérebro. Também foram realizados alguns estudos com o líquido da medula espinhal, onde se observou que as substâncias que levam a sensação de dor para o cérebro estão de três a quatro vezes aumentadas em doentes com Fibromialgia, em comparação com pessoas sem a doença.
O mais importante é que, se o médico não acredita que os sintomas do doente são reais, deve-se procurar um novo médico, com conhecimento da doença, que acredite no doente e que queira acompanhar o doente com um tratamento personalizado e adaptado às suas necessidades.